APEE corre perigo de fechar as atividades

A notícia não é das mais alegres para divulgar: A APEE está perto de deixar de existir.

Mais detalhes veja em: http://www.webventure.com.br/montanhismo/n/associacao-paulista-de-escalada-esportiva-apee-pode-acabar/31165

Tomando uma postura mais otimista, o Blog de Escalada ainda acredita em alguma virada e renovação de mentalidade e administração de uma entidade que ficou parada no tempo e perdeu a identidade e comunicação com os atletas.

Abaixo vai cinco sugestões que seguramente podem fazer com que a realização de competições seja viável. As sugestões pode soar “duras” para quem as lê, mas acredito que grande parte do público compartilha delas.

 

1 – Organizar competições de escalada em que a importância das academias seja reconhecida

Por mais que pareça elitista, a realidade é que as competições dependem das pessoas que frequentam as academias.

No ano em que houve inscrição apenas atletas que eram representantes de academias e muros de escalada cadastrados (e em dia com a Federação) houve um crescimento de público nas academias.
Isso porque cada academia era responsável por formar a sua equipe e a inscrever.

Até mesmo no momento de encerramento de atividades de academias não houve sequer inciativa explícita da entidade em procurar interceder para reverter o quadro.

Locais muito populares como Casa de Pedra e Rocódromo na cidade de São Paulo e Alpino Brasil e Grade VI em Campinas tiveram portas fechadas e a entidade se manteve alheia a qualquer possibilidade de ajuda à estas unidades.
Não há também etapas realizadas nos ginásios do interior. Hoje há mais academias em atividade no interior do estado do que na própria capital.Não há sequer um catálogo on-line dos muros e academias de escalada do Estado De São Paulo.
Não havia também nenhuma licitação, ou até mesmo rodízio das empresas responsáveis pela elaboração dos muros de competições.2 – Seguir as regras e horários estipulados.Além de fazer com que atletas sejam estimulados a treinar, e a ter disciplina para isso, é importante também faze-lo aprender que também há regras a serem seguidas para competir.

Fazer o regulamento (e suas restrições) ser seguido, horários respeitados e assim por diante é importante até dar credibilidade para qualquer federação.Citando um exemplo emblemático: Presenciei atletas chegarem sem equipamento de escalada para competir e pessoas do Staff correr para arrumar um equipamento emprestado.
Este foi apenas um dos muitos paternalismos que fez com que todos se decepcionassem com as competições e suas organizações.
Até mesmo houve reuniões marcadas e agendadas e desmarcadas cerca de uma hora antes de seu acontecimento.
3 – Descobrir que a internet e as redes sociais existem.Acho desnecessário hoje em dia escrever sobre a importância e influência das redes sociais.
Hoje NADA é divulgado e comentado sem que seja por meio de redes sociais ( Facebook, Blogs, videos e etc).
Possuir um site, ou mesmo uma página ou grupo no Facebook, é obrigação de qualquer instituição.
Ignorar que há blogs como o próprio Blog de Escalada, assim como MUITOS outros blogs e sites com maior identidade com os atletas é dar um tiro no pé.
Ainda teimar em acreditar que listas de discussão e sites sem nenhuma utilidade com o público alvo é ainda viver nos anos 90 da internet.
Lembrando que estamos caminhando para estar a 20 anos na frente dos anos 90.

Lembrando que o próprio Blog de Escalada foi boicotado no software que estava desenvolvendo para que ajudasse na organização de campeonatos de escalada esportiva.

Até mesmo a identidade visual, como seus logotipos de competições e camisetas não passavam por concursos que poderiam popularizar qualquer promoção em rede social.

4 – Levantar a cabeça e olhar para outros estados e seus entusiastas.Não é segredo para ninguém que há um grande número de competições FORA do estado de São Paulo.
Falta somente saber o porque existem estas competições fora do estado paulista(Vide o estado de Minas Gerais e Santa Catarina) para aprender com o acerto de outros estados.
No Brasil há até mesmo route setter credenciado pela UFSC International Federation of Sport Climbing) e por questões políticas, e não técnicas, sempre foi preterido pela APEE nunca sendo chamado seja para clínicas seja para até mesmo trabalhar na elaboração de vias.

5 – Ter humildade e respeito à comunidade

Se algo falta para que a APEE volte a ter a força de popularidade que teve antes é primeiramente ter a humildade de saber que não é a CBF(Confederação Brasileira de Futebol) e também deixar de “reinventar a roda” com fórmulas complicadas e obscuras.

 

É necessário sangue novo, que tenha idéias mais arrojadas e objetivas.
O exemplo mais cristalino: O sistema de pontuação implantado pela instituição por exemplo é diferente do adotado pela UFSC.
Já até mesmo vi declarações de diretores da APEE de que NINGUÉM poderia realizar nenhum campeonato em que estivesse escrito “Campeonato Brasileiro de Escalada…” porque este era um direito reservado somente à entidade.
Outro exemplo que ilustra bem como é recebida certas declarações nada populares: algumas vitórias de atletas brasileiros foram divulgados em lista de discussão de que “conseguimos” e “vencemos” sendo que não houve ajuda por parte da entidade nestas conquistas. Ato no mínimo deselegante.

O Blog de Escalada, repito, acredita que haverá um consenso entre os interessados em fazer com que o estado de São Paulo. Porém se nada dos pontos acima mudar, continuaremos vivendo a “crise da escalada” em pleno crescimento do esporte no resto do país.

 

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