A Múmia da Gallotti – Um dos casos mais sombrios do montanhismo brasileiro

Toda cidade que se preze tem suas lendas urbanas. No Rio de Janeiro com tanta história na escalada, não poderia ser diferente.

Em edições passadas um filme que causou muito frisson foi “A Múmia da Galloti”. O documentário narra uma das mais sombrias histórias do montanhismo brasileiro

Múmia da Gallotti

Foto da época da Múmia da Gallotti

Seus autores o liberaram para a sua visualização completa pelo YouTube. Baseado em fatos reais o documentário “A Múmia da Galloti”conta a história do início da conquista da chaminé Gallotti, no Pão de Açúcar, em 1949. O assunto principal é, como o título já explicita, o encontro dos montanhistas com a “múmia” com a que viria a ser conhecida como a Múmia da Gallotti.

Contando com a presença de Tadeusz Hollup, um dos conquistadores reais, atuação de Fernando Fajardo (conhecido como Velho), no papel principal. O filme a Múmia da Gallotti também conta com as magníficas interpretações de Waldecy Mathias (conhecido como “Wal”) e Rodrigo Molinari (conhecido como “Show”).

A direção, roteiro, edição e trilha sonora são de Rodolfo Campos.

A Múmia da Gallotti

Múmia da Gallotti

Montanhistas que acharam a Múmia da Gallotti

No Rio de Janeiro, mais precisamente na capital do estado, no ano de 1949 durante uma manhã do mês de setembro, Antônio Marcos de Oliveira, Tadeusz Hollup e Ricardo Menescal, entraram na mata rumo a base de uma via que pretendiam conquistar no Pão de Açúcar. Ao costearem o paredão para chegarem a base da via encontraram um sapato de mulher, deteriorado pelo tempo. Todos no grupo fizeram piada com o fato de encontrarem um objeto tão sui generis no meio da mata. Logo após as brincadeiras logo começaram a se preparar para o início da conquista.

Por volta das 11:30 o escalador Antônio Marcos, enquanto entrava em uma fenda visualizou um cadaver mumificado, trajando somente um pulôver branco. O cadaver encontrava-se na vertical, preso pelo queixo em uma saliência da fenda. A cena fez com que Antônio chamasse por seus companheiros. Como o acontecimento era muito bizarro, os companheiros pensaram que não se passava de uma brincadeira. Pela sua insistência e indisfarçável nervosismo todos foram observar.

A princípio pensaram que era corpo de mulher, pois já tinham achado um sapato feminino próximo e, visualmente analisando a múmia tinha cabelos longos.

O grupo retornou do pondo onde se encontravam, e logo trataram de procura a polícia, que somente foi conferir a denúncia no dia seguinte. Como o local era de difícil acesso, os próprios escaladores tiveram de remover o cadaver, que se encontrava em relativo bom estado de conservação. Os peritos, à época, afirmaram que foi por causa da maresia.

Entretanto, na base havia um legista que constatou que não se tratava de um cadaver de mulher, mas sim de um homem. Os restos mortais eram apenas ossos e pele, bastante deteriorados.

Mesmo com ampla cobertura da imprensa, que logo se apressou em batizar de Múmia da Gallotti, nenhuma pessoa apareceu para identificar o corpo, que não teve a identidade identificada tampouco.

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